Pela janela, a luz dos carros colore a sala escura.
No toca discos, a voz de Ella Fitzgerald, misturada ao som da chuva, dissolve as lembranças melancólicas de ambos.
O mundo voltou a fazer sentido, pelo menos para esses dois.
Os livros e discos dele agora voltam a ocupar o lugar na estante que ficou vazio por um tempo, talvez até necessário.
Sobre a mesa, a garrafa de vinho, agora vazia.
Ele não diz nada, se conforta em apenas sentir.
Ela o observa em silêncio, como quem já não precisa mais esperar por nada.
Depois de tantos ontens
E isso basta.
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