domingo, 29 de maio de 2011

Das Ironias


Já faz alguns meses daquele último encontro, daquele dia em que ela se foi, daquele dia em que ele permitiu que ela se fosse.

Todos os dias ela perde o sono, e se pergunta que amargo é esse que ela sente quando percebe que talvez ele não volte.
Todos os dias ele perde o foco, e se questiona que sensação é essa que o faz caminhar lento sem saber por onde ir.

Ela se lamenta por tamanha covardia em não ter se permitido mais uma tentativa.
Ele se culpa por não ter tido coragem de impedir que mais uma vez ela partisse.

Talvez essa relação vá muito além de não poder ou não saber esquecer, eles simplesmente não querem desistir um do outro. Como uma espécie de alienação sentimental, eles precisam lembrar um do outro a cada dia. Eles parecem já estar acostumados a esse silêncio, a essa ausência, a essa certeza de que um dia tudo ficará bem novamente.

Só nos resta saber se é por fraqueza, força ou estupidez, que um ainda espera pelo outro?


Efeitos Secundários de Ela se foi...

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